20/01/2019

saudoso retorno

Por muito tempo, o blogger foi minha vida. Abria o site todos os dias e encarava minha enorme lista de blogs, escrevendo rascunhos que jamais seriam levados adiante e criando novos blogs que não durariam mais de um mês. Convidaria minhas amigas para postar comigo, e me irritaria toda a vez por elas não terem a mesma paixão que eu. Desde meus oito anos usei a escrita online como uma válvula de escape e diversão, tornando-a parte de mim. Passei a desenvolver um interesse repentino por programação e design, procurando novos tutoriais e passando madrugadas aperfeiçoando o design do meu blog amado. Honestamente, não sei quando foi que isso teve um fim. Eventualmente, as provas, trabalhos e amizades passaram a exigir demais. Isso, junto ao fato de que a blogosfera antes forte agora se encontrava fragmentada. Houve um tempo em que grupos de blogueiras acumulavam solicitações, sorteios e projetos eram realizados semanalmente e toda a comunidade parecia uma grande família de interesses em comum, constantemente ensinando e aprendendo, sempre deixando comentários e sugestões nos posts uns dos outros. Mas era de se esperar que as coisas mudassem, afinal, as mais relevantes revoluções para uma criança parecem acontecer, ás vezes, do dia para noite.

E eu era isso, uma criança. Comecei esse blog com onze anos, na véspera do meu aniversário de doze. Hoje em dia tenho dezesseis. Não afirmo com propriedade o que me trouxe até aqui ou me motivou a escrever isso para ninguém, exceto uma possível ainda-mais-velha Luiza, ler, já que não tenho certeza das razões também. Mas é satisfatório revisitar um ambiente ora tão importante para mim, um espaço tão familiar que hoje me parece abandonado. Tive grandes momentos e evoluções registradas entre as páginas desse endereço virtual. Aqui estão marcados os meus antigos livros favoritos, as canções que um dia foram minhas músicas prediletas e minhas infantis opiniões sobre o que fosse que eu estivesse no clima para escrever a respeito. Vejo claramente aquela garota insegura usando giz pastel para pintar os cabelos de azul, lendo best-sellers e ouvindo canções pop e tentando esquecer dos eventuais males por alguns momentos ao deliberar sobre tudo e qualquer coisa num espaço seguro que podia chamar de meu. Por isso, guardo e recordo com carinho tudo que esse blog tem a me mostrar, todas as explicitas palavras que escrevi e todas as memórias que acabam vindo junto, assim como recordações de sentidos e significados implícitos em certos posts.

No entanto, não foi aqui que minha história começou. Aqui ela se desenvolveu, no entanto. Tentei manter o blog o máximo que consegui, mas me faltavam palavras e ideias. Ou então elas me sobravam, e eu acabava me afogando em um mar de possibilidades para no fim clarear minha mente ao empurrar a escrita para um canto sombrio e não pensar mais nesse blog por meses. Se antes havia culpa por não seguir uma agenda fixa ou por ficar tempo demais sem postar, hoje simplesmente compreendo que as coisas vêm e vão conforme o tempo, e não há como ninguém - muito menos uma jovem escrevendo por hobby - querer controlar tais impulsos. Foi simplesmente natural.

Atualmente, com outra mentalidade e mais madura (não *muito*, ainda tenho bastante a evoluir), volto a esse endereço como quem revisita uma antiga casa. Passeio pela sala, toco as parede empoeiradas e observo o que um dia foi meu lar com a amargura de saber que tal tempo se passou tão rápido, mas também com a doçura de saber que sempre poderei visitá-lo novamente. Por isso, deixo um abajur aceso, uma cortina aberta e a porta encostada, para que eu sempre possa entrar outra vez. Afinal, devo ser a única pessoa que nutre algum tipo de sentimento por um local aparentemente esquecido. E juro, são os mais queridos sentimentos.

Portanto, termino deixando a porta encostada, sem determinar uma próxima visita, mas sabendo que ela pode vir a ocorrer quando eu mesma menos esperar. E assim como a casa continua aberta e com vida, esse blog continua online e com seus posts e layout. Não me atreveria a mudar uma única coisa nesse ponto, já que parece um museu sobre como minha vida estava em um determinado momento. E quem não gostaria de ter um próprio museu? Nós, antigos usuários do blogger, felizmente, temos.

07/01/2016

Resenha: Ligações, Rainbow Rowell

Hey! Como vão?
Hoje eu trouxe para vocês uma resenha bem detalhada de Ligações, da Rainbow Rowell, contendo alguns spoilers. Essa foi a base que eu usei para um trabalho de escola, e não vi problema algum em liberar aqui para vocês. Caso usem-na, creditem, afinal, plágio é crime pela lei 9.610
Enfim, vamos ao que importa?


06/01/2016

Oficialmente, de volta.

   
Oi, oi, olá? Ainda tem alguém aí?
   Há cinco dias atrás o blog fez um aninho, e não pensem que eu me esqueci! Acontece que preferi deixar passar a conturbação do ano novo, meu aniversário, e esses compromissos de começo de ano.      
   Eu sei que sempre digo que vou voltar, e então acabo desistindo. Mas faz parte, né? O importante é que estou aqui, e já tenho algumas ideias de posts.
   Assim sendo, para seguir a tradição de começo de ano e retomada do blog, vou tentar fazer um layout. Eu amo muito o que uso no blog, e esse cabeçalho, sem dúvidas, foi o melhor que eu já fiz, mas, estamos já há mais de um ano sem mudar esse estilo. Ainda é só uma ideia na cabeça, não tenho nem ideia de cores, tamanhos ou de gadgets, mas conforme penso, a ideia irá ir crescendo e tomando formato, por isso, se o blog ficar indisponível por alguns dias, culpe o novo layout. E talvez fique fora do ar por muito tempo, pois sou bem lerda para layouts e também não quero liberar algo incompleto ou ~feio~ para vocês.
   Sim, o post foi só isso, mais um aviso que o blog está voltando.
   Vejo vocês no post de amanhã <3